segunda-feira, 15 de julho de 2013

De Bartolomeu Campos de Queirós

“As palavras são portas e janelas. Se debruçarmos e repararmos, nos inscrevemos na paisagem.
Se destrancarmos as portas, o enredo do universo nos visita. 
Ler é somar-se ao mundo, é iluminar-se com a claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se. Cada palavra descortina um horizonte, cada frase
anuncia outra estação. E os olhos, tomando das rédeas, abrem caminhos, entre linhas, para as viagens 
do pensamento. 
O livro é passaporte, é bilhete de partida. A leitura guarda espaço para o leitor imaginar sua própria humanidade e apropriar-se de sua fragilidade, com seus sonhos, seus devaneios e sua experiência.
A leitura acorda no sujeito dizeres insuspeitados, enquanto redimensiona seus entendimentos. 
Há trabalho mais definitivo, há ação mais absoluta do que essa de aproximar o homem do livro?”

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