Aposto na atemporalidade
desse amor - Penélope o teceu
também para mim.
E eu o tenho destecido
para renová-lo:
a cada nova feição,
degusto-o como a um bom vinho,
até a última gota dos signos cotidianos,
fascinantemente dispersos
em leves e míticas traições.
Aposto outra vez
nesse amor tão improvável
que, agora, só tem a graça da ironia:
é tranquilo porque virtual.
(Palavras em Travessia - In: Obra Poética Reunida)
desse amor - Penélope o teceu
também para mim.
E eu o tenho destecido
para renová-lo:
a cada nova feição,
degusto-o como a um bom vinho,
até a última gota dos signos cotidianos,
fascinantemente dispersos
em leves e míticas traições.
Aposto outra vez
nesse amor tão improvável
que, agora, só tem a graça da ironia:
é tranquilo porque virtual.
(Palavras em Travessia - In: Obra Poética Reunida)
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