Poema 67
Desaprendo-me
para que nenhum tormento
abra feridas nos meus olhos,
nenhum remorso corroa o cipó
que me ata à vida
e nenhum horror visite as minhas
andanças ao sol nascente.
Desaprendo-me
para que a minha alma possa
resultar-se em paz.
(In: O ócio dos anjos ignorados)
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