O abraço,
como um refúgio:
luas nos olhos em anseio
e centelhas de sóis amenos.
O abraço,
como um delírio:
a pele
não tem verniz,
mas espelha todas as margens
da memória placentária.
O abraço,
como uma travessia:
gozo.
(A Palavra sem âncora - In: OBRA POÉTICA REUNIDA)
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